segunda-feira, 5 de julho de 2010

IMPERATRIZ MENEN

Para falar da mulher Rastafari, quem ela é e sua maneira de proceder, não há melhor forma do que falar de Sua Majestade Imperial Imperatriz Menen. Imperatriz Menen é o exemplo mais pleno e perfeito de mulher a ser seguido por todas aquelas que buscam a vivência da mulher original. Assim como S.M.I Imperador Haile Selassie é o exemplo de vida ao Homem, assim é Imperatriz Menen para a Mulher. Esta é a mensagem Rastafari para o mundo, que se olhe e siga o exemplo da vida de Selassie e Menen, Uma Vida, porque assim é a união perfeita, Apha e Omega. Tudo que se falar posteriormente a respeito da mulher ou do homem Rasta, nada mais são do que outras formas mais simples e resumidas de explicar a vivência em outras palavras. Abaixo, um breve resumo da vida de Imperatriz Menen, a Rainha das rainhas, a Imperatriz Preta da África Livre!



Rainha Omega:
Nossa Mãe, Nosso Exemplo


"Todos vocês a conheciam bem, mas ela era mais intimamente conhecida por mim. Ela era devotamente religiosa e não perdeu sua fé mesmo em tempos de dificuldades. Durante os memoráveis dias de nossa convivência, nós nunca tivemos diferenças que necessitassem da intervenção dos outros. Como Sara era para Abraão, assim ela era obediente a mim. Nossos desejos eram mútuos, até o dia em que fomos separados pelo Todo Poderoso. A sua assistência para o bem do jovem, do velho e do necessitado não requer testemunhos porque é maior do que pensamentos e palavras.

Nós somos extremamente contentes por viver o suficiente na união perfeita que permitiu ver nossos filhos, nossos netos e nossos bisnetos. Nós somos gratos ao Todo Poderoso por ter resguardado a nós aquela longa e ininterrupta união, que não é muito comum no mundo hoje. Não poderia haver nenhuma prece mais profunda para eu proferir."
SMI Haile Selassie O Primeiro



Para SMI ter pago este tributo a Sua Imperatriz, ela deve ter sido uma mulher excepcional. É por isso que nos como Rainhas Rasta, Filhas e Imperatrizes temos o exemplo perfeito. Imperatriz Menen, Rainha Omega, Mãe da Criação, viveu. Quando eu digo que ela viveu quero dizer que ela realmente era uma Imperatriz consciente. Eu me considero verdadeiramente abençoada por ter Sua Alteza Imperial como alguém a quem eu possa olhar e me espelhar. Provérbios 31 : 10-31 não são mais meras palavras para mim, porque elas se tornaram vida através de Sua Majestade Imperial. Imperatriz Menen era uma mulher de caráter nobre. Ela encarou muitas dificuldades, mas as encarou de frente e com dignidade.

Sempre me falaram que a caminhada Rastafari não é um caminho fácil. Não é para os fracos de coração. Imperatriz Menen passou por várias tribulações. Ela enterrou alguns de seus próprios filhos. E não há nada mais doloroso do que perder um filho. Ela assistiu sua amada Etiópia ir à guerra. Ela teve que ir para o exílio. Existem tantas tribulações que ela passou mas, contudo, ela se manteve forte em sua fé. Essa foi a primeira lição que eu aprendi com nossa Amada Mãe. Como mulher Rasta existem várias tribulações que você passa e você tem que permanecer forte no que você sabe e não no que você está sentindo. O conhecimento é que se Jah Rastafari é por nós, quem pode ser contra? Sua crença é que Jah está no controle de tudo. Sempre foi difícil para mim quando as coisas não iam como eu havia planejado em minha vida confiar em Jah e me entregar a Ele e a Seu plano. Eu sempre era propensa a tentar arrumar primeiro para depois de falhar, então orar. Imperatriz Menen me ensinou que a oração deve ser o meu primeiro chamado e ação e aí então Jah Jah me mostraria o caminho.
Imperatriz Menen era uma verdadeira Mãe. Uma verdadeira mãe não cuida somente de seus filhos biológicos, mas ela vê cada criança como se fosse sua. Em 1935 ela deu seu patrimônio para os órfãos cujos pais foram mortos pelo inimigo. Ela defendia a educação não somente em seus discursos, mas também contribuiu muito na prática. Ela fundou a Escola Imperatriz Menen para Meninas, onde viu meninas serem educadas. Ela inaugurou uma escola de artesanato. Ela doava com freqüência dinheiro para diferentes escolas. Muitas vezes ela visitava as escolas também para encorajar e motivar os estudantes. Ela tinha um espírito generoso. Muitas vezes ela doou do seu próprio dinheiro.
Rainha Omega era uma esposa humilde e obediente e comparecia às cerimônias de estado com seu esposo ou sozinha. Ela também era a conselheira de mais confiança e Sua Majestade Imperial, o aconselhando em uma extensa linha de questões. Para ser a conselheira de mais confiança de Sua Majestade ela precisava ser Para SMI ter pago este tributo a Sua Imperatriz, ela deve ter sido uma mulher excepcional. É por isso que nos como Rainhas Rasta, Filhas e Imperatrizes temos o exemplo perfeito. Imperatriz Menen, Rainha Omega, Mãe da Criação, viveu. Quando eu digo que ela viveu quero dizer que ela realmente era uma Imperatriz consciente. Eu me considero verdadeiramente abençoada por ter Sua Alteza Imperial como alguém a quem eu possa olhar e me espelhar. Provérbios 31 : 10-31 não são mais meras palavras para mim, porque elas se tornaram vida através de Sua Majestade Imperial. Imperatriz Menen era uma mulher de caráter nobre. Ela encarou muitas dificuldades, mas as encarou de frente e com dignidade.

Sempre me falaram que a caminhada Rastafari não é um caminho fácil. Não é para os fracos de coração. Imperatriz Menen passou por várias tribulações. Ela enterrou alguns de seus próprios filhos. E não há nada mais doloroso do que perder um filho. Ela assistiu sua amada Etiópia ir à guerra. Ela teve que ir para o exílio. Existem tantas tribulações que ela passou mas, contudo, ela se manteve forte em sua fé. Essa foi a primeira lição que eu aprendi com nossa Amada Mãe. Como mulher Rasta existem várias tribulações que você passa e você tem que permanecer forte no que você sabe e não no que você está sentindo. O conhecimento é que se Jah Rastafari é por nós, quem pode ser contra? Sua crença é que Jah está no controle de tudo. Sempre foi difícil para mim quando as coisas não iam como eu havia planejado em minha vida confiar em Jah e me entregar a Ele e a Seu plano. Eu sempre era propensa a tentar arrumar primeiro para depois de falhar, então orar. Imperatriz Menen me ensinou que a oração deve ser o meu primeiro chamado e ação e aí então Jah Jah me mostraria o caminho.

Imperatriz Menen era uma verdadeira Mãe. Uma verdadeira mãe não cuida somente de seus filhos biológicos, mas ela vê cada criança como se fosse sua. Em 1935 ela deu seu patrimônio para os órfãos cujos pais foram mortos pelo inimigo. Ela defendia a educação não somente em seus discursos, mas também contribuiu muito na prática. Ela fundou a Escola Imperatriz Menen para Meninas, onde viu meninas serem educadas. Ela inaugurou uma escola de artesanato. Ela doava com freqüência dinheiro para diferentes escolas. Muitas vezes ela visitava as escolas também para encorajar e motivar os estudantes. Ela tinha um espírito generoso. Muitas vezes ela doou do seu próprio dinheiro.
Rainha Omega era uma esposa humilde e obediente e comparecia às cerimônias de estado com seu esposo ou sozinha. Ela também era a conselheira de mais confiança e Sua Majestade Imperial, o aconselhando em uma extensa linha de questões. Para ser a conselheira de mais confiança de Sua Majestade ela precisava ser versada sobre um grande número de assuntos. Ela se mantinha informada sobre o que estava acontecendo ao seu redor e no resto do mundo. Sua Majestade Imperial disse que em suas quase cinco décadas de casamento, eles nunca precisaram de um mediador para solucionar seus desentendimentos. Quantos de nós podemos dizer a mesma coisa sobre nossas uniões, que estão longe de estar perto de cinco décadas.

Imperatriz Menen poderia ter escolhido viver a vida de uma imperatriz excessivamente mimada que tem como única preocupação a vaidade. No entanto ela não escolheu isso, ela escolheu estar perto do povo e suas necessidadesm como a verdadeira Mãe da Criação. Ela não se preocupava com moda, ela se vestia modestamente. Quando Sua Majestade Imperial disse que os Etíopes deveriam começar a se vestir com sua roupa tradicional para que as futuras gerações pudessem fazer o mesmo, a Imperatriz Menen passou usar suas vestes tradicionais.

Minha esperança para esse mês é que a medida que celebramos o nascimento da Imperatriz Menen, nós como mulheres Rasta possamos nos esforçar para sermos cada vez mais como nossa Mãe.

Sis Khanysia Puwani

Port Elizabeth, Africa do Sul



Celebrando a Vida de Imperatriz Menen

Uma Biografia

Imperatriz Menen Asfaw (03 de abril de 1891* – 15 de Fevereiro de 1962) era a esposa e consorte do Imperador Haile Selassie I da Etiópia. Imperatriz Menen era filha de Asfaw, Jantirar de Ambassel. Ele era um descendente direto de Imperador Libna Dingel, através do Imperador Gelawdewos da Etiópia e sua filha, Princesa Enkulal Gelawdewos, mas esta genealogia foi apagada da história oficial da Imperatriz Menen. Contudo, o título de Jantirar tradicionalmente pertencia ao chege (cabeça) da fampilia que guardava o forte da montanha de Ambassel e Jantirar Asfaw era um deles.

Por outro lado sua mãe era Woizero Sehin Mikael, meia-irmã de Lij Iyasu (Iy
asu V), e filha do Rei Mikael de Wollo. A mãe de Woizero Sehin, Woizero Fantaye Gebru, era descendente direta do Imperador Susenyos na linhagem "Seife Melekot". A Imperatriz Menen e o Imperador Haile Selassie foram pais de seis crianças: Princesa Tenagnework, Príncipe Asfaw Wosse (Imperador-no-Exílio Amha Selassie I), Princesa Tsehai, Princesa Zenebework, Príncipe Makonnen Duque de Harar e Príncipe Sahle Selassie.
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De acordo com os relatórios publicados e não-publicados, a então Woizero Menen Asfaw foi dada em casamento por sua família ao proeminente nobre de Wollo, Dejazmatch Ali de Cherecha e deu a ele uma filha, Woizero Belajnesh Ali e um filho, Jantirar Asfaw Ali. O primeiro casamento acabou em divórcio e Woizero Menen então se casou como Dejazmatch Amede Ali Aba-Deyas, outro nobre muito proeminente de Wollo. Ela deu ao seu segundo marido mais dois filhos: uma filha, Woizero Desta Amede e um filho, Jantirar Gebregziabiher Amede. Passada a morte do seu segundo marido, o pai da Imperatriz Menen, Rei Mikael de Wollo arranjou seu casamento com Ras Leul Seged Atnaf Seged, um nobre proeminente de Shewa, por volta de 1909 ou 1910. Imperatriz Menen não teve filhos de Ras Leul Seged, que era consideravelmente mais velho que ela. Woizero Menen provavelmente encontrou Dejazmatch Tafari Makonnen na casa de se
u tio, Lij Iyasu. O entrosamento entre os dois pode ter inspirado Lij Iyasu a tentar unir Dejazmatch Tafari a ele mais firmemente através de laços matrimoniais. Ele, portanto, arranjou a separação de Imperatriz Menen de Ras Leul Seged, e a mandou para Harar para se casar com Dejazmatch Tafari Makonnen. Eles se casaram no início de Agosto de 1911. Aparentemente Ras Leul Seged não guardou de Dejazmatch Tafari Makonnen por esta circunstância, colocando toda a culpa em Lij Iyasu, que comandou a separação. Ras Leul Seged este entre os líderes que lutaram contra as forças Iyasuístas na queda de Lij Iyasu em 1917 e morreu naquela batalha (batalha que ficou conhecida como "Ye-segelle Tornnet", que significa batalha de Segelle). As circunstâncias do casamento e como ele aconteceu estão supostamente detalhados no livro de memórias não publicado de Ras Imiru Haile Selassie, primo e amigo de infância do Imperador Haile Selassie, que participou dos preparativos do casamento e estava intimamente familiarizado com estes eventos. O casamento também é detalhado na biografia recentemente publicada em amárico "Tafari Makonnen, Rejimu Ye Siltan Guzo" (Tafari Makonnen, a Longa Jornada ao Poder) do Embaixador Zewde Retta.


No relato dado na autobiografia do Imperador, "Minha Vida e o Progresso da Etiópia", não existe menção a filhos ou casamentos anteriores de Imperatriz Menen e nenhuma ordem de casamento dada por Iyasu, mas somente afirma que por volta dos 20 anos eles se casaram por sua própria vontade e consentimento mútuo, e a descreve como uma "mulher sem nenhuma malícia absolutamente". Quando Tafari Makonnen se tornou Imperador da Etiópia como Haile Selassie I, Menen Asfaw foi coroada como Imperatriz Menen ao seu lado.


Imperatriz Menen era ativa promovendo as questões da mulher na Etiópia; era p
atronesse da Cruz Vermelha Etíope e também da Organização de Caridade das Mulheres Etíopes. Ela também era patronesse da Sociedade Jerusalém, que organizava peregrinações à Terra Santa. Ela fundou a Escola Imperatriz Menen para Meninas em Addis Ababa, a primeira escola somente para meninas que tinha tanto estudantes no internato como no período normal. Meninas de todo Império eram trazidas para a escola, para receberem uma educação moderna, encorajadas pela Imperatriz Menen, que às vezes visitava a escola e presidia as cerimônias de graduação.


A Imperatriz Menen fez doações generosas e também patrocinou programas para os pobres, doentes e deficientes. Ela também era uma mulher devotamente religiosa, que fez muito para ajudar a Igreja Ortodoxa Etíope. Ela construiu, restaurou e doou fundos a numerosas igrejas na Etiópia e na Terra Santa. Entre as igrejas importantes estão a Igreja S. Raguel no distrito Merkato de Addis Ababa, a Igreja Kidane Mehret (Nossa Senhora da Aliança da Misericórdia) no Monte Entoto, o Monastério da Santíssima Trindade nos bancos do Rio Jordão na Terra Santa. Ela doou generosamente dos seus fundos pessoais para a construção de nova Catedral de Santa Maria de Sião em Axum
, mas não viveu o suficiente para vê-la completa e consagrada.-->


Quando a Imperatriz foi exilada da Etiópia durante a ocupação italiana de 1936 a 1941, ela fez uma promessa a Virgem Maria na Igreja da Natividade em Belém, prometendo dar sua coroa a igreja se a Etiópia fosse libertada da ocupação. A Imperatriz fez numerosas peregrinações a lugares sagrados na Palestina (que na época era governada pela Inglaterra), Síria e Líbano durante o exílio para orar por sua terra natal que estava ocupada. Logo após o retorno do Imperador Haile Selassie I e sua família para a Etiópia em 1941, uma réplica da coroa foi feita para as futuras Imperatrizes, mas a coroa original que a Imperatriz Menen foi coroada ao lado do seu marido em 1930, foi enviada para a Igreja da Natividade em Belém. Embora a Imperatriz Menen fosse vista diversas vezes com uma tiara em eventos públicos que pediam por isso, ela nunca mais viria a usar uma coroa completa.


Imperatriz Menen desempenhava perfeitamente sua função de Imperatriz-consorte. Nas suas aparições públicas ela combinava devoção religiosa, interesse nas causas sociais e apoio aos planos de desenvolvimento, com a majestade do seu status imperial. Por fora, ela era uma esposa respeitosa e obediente que visitava escolas, igrejas, exposições e fazendas-modelo; ela comparecia a eventos públicos e de estado ao lado de seu esposo ou sozinha. Ela não tomava nenhuma posição em público sobre assuntos relacionados à política. Por trás das cortinas, no entanto, ela era a conselheira em que o Imperador mais confiava, oferecendo conselhos sobre várias questões. Ela evitava o papel político que foi assumido por sua prede cessora como consorte, a Imperatriz Taitu Bitul, cujo ativismo político causou grande ressentimento nos círculos do governo durante o reinado de Menelik II.

A Imperatriz e alguns de seus familiares foram colocados sob prisão domiciliar brevemente durante a tentativa de golpe da Guarda Imperial contra seu marido em 1960. Depois do retorno do Imperador e o final da tentativa de golpe, houve muita especulação quanto à conduta do príncipe herdeiro, que havia sido proclamado monarca pelos líderes do golpe. Era sabido que o príncipe herdeiro havia acompanhado sua mãe em um passeio de carro pelos jardins do palácio, fazendo paradas nos postos da Guarda Imperial para troca de amabilidades, na noite anterior ao início do golpe. A dedicada Imperatriz foi convencida a visitar os postos da guarda pelos oficiais de segurança, que estavam preocupados com a moral dos soldados e talvez tivessem uma idéia de que alguma coisa estava se armando. A aparição da Imperatriz Menen com o príncipe herdeiro ao seu lado pode ter sido usada pelos oficiais como um indício aos seus seguidores de que a Imperatriz poderia simpatizar com um movimento que colocaria seu filho preferido no trono. É extremamente improvável que a Imperatriz ou o Príncipe herdeiro tivessem alguma idéia do que estava sendo tramado. No entanto, uma nuvem de suspeita nunca deixou o príncipe herdeiro e a Imperatriz ficou profundamente entristecida com isso.

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Depois da sua passagem em 1961, a Imperatriz foi enterrada na cripta da Catedral da Santíssima Trindade em Addis Ababa, entre a tumba de seus filhos. O primeiro ministro Aklilu Haptewold discursou sobre a Imperatriz, prestando tributo à sua devoção, ao seu papel como conselheira e ajudante do Imperador e também sobre sua bondade pessoal. No terceiro dia do memorial após o funeral, o próprio Imperador prestou tributo à sua esposa dizendo que, apesar do Primeiro ter descrito habilmente o tipo de pessoa que havia sido sua esposa, ele queria dizer que durante as cinco décadas de casamento, nenhuma vez foi necessário que terceiros mediassem entre ele e sua esposa, e que seu casamento havia sido um casamento de paz e ajuda mútua. A dor do Imperador era realmente profunda.

(texto adaptado – Tradução de Sista Nanda)

"E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça."Re:12:1"



RAINHA OMEGA

Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre... O teu trono, ó JAH, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade. Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que outros reis... As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres mulheres; à tua direita estava a Rainha ornada de finíssimo ouro de Ofir... Ouve, filha, e olha... esquece-te do teu povo e da casa do teu pai. Então o rei se afeiçoará da tua formosura, pois ele é teu Senhor... Em lugar de teus pais estarão teus filhos; deles farás príncipes sobre toda a terra...
(salmo 45 – Um Cântico de Amores)

Praticamente despercebido nos círculos cristãos, o Salmo 45 oferece uma crucial revelação concernente ao segundo advento de Cristo – em seu caráter de Rei. Ao contrário da situação do seu primeiro advento – cumprido por Yeshua (Jesus), o profeta messiânico, em torno de 2000 anos atrás – o salmista nos fala do rei messiânico que seria coroado com a rainha à sua direita. Agora, para aqueles mergulhados no asceticismo da tradição patriarcal romana Cristã, é difícil aceitarem essa noção de Cristo – Rei desejando a beleza da Rainha, ainda mais tendo filhos (príncipes e princesas) com ela! Eu posso ouvir o refrão: “Não o meu Jesus!”
Mas quando o Imperador Haile Selassie I foi coroado no trono Salomônico na Catedral de São Jorge, Addis Ababa em 2 de novembro de 1930, como Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judah, sentada ao seu lado estava sua bela rainha preta, Imperatriz Menen, juntamente com a jovem princesa Asfa Wossen e Makonnen.
Deste modo que a mulher, que o salmista mencionou profeticamente, era Imperatriz Menen: “a filha do Rei é toda ilustre dentro; o seu vestido é entretecido de ouro”(v.13) Obviamente, o vestuário aqui simboliza o caráter, e o ouro refere-se a inviolada pureza da Rainha, passando através do fogo da tribulação e emergindo sem manchas. Para todos os efeitos, essa é uma apta descrição de Imperatriz Menen.
Descendente do Profeta Maomé, assim como da linhagem de Davi, Menen era bisneta do Imperador Menelik II, o forte, reformando a monarquia que governava a Etiópia na secunda década do século XX. Em toda a realeza de sua postura, abdicação do centro de sua grande família, ela era profundamente ligada e religiosidade Galla, acreditava devotamente nos ensinamentos da Igreja Ortodoxa Etíope, uma fé que ela não abandonou nem mesmo nos tempos de grandes dificuldades tal como os anos de exílio na Bretanha (1936-41).
Tivemos uma visão clara de sua natureza nos 51 anos em que esteve casada com o Imperador. Em sua coração, Haile Selassie I quebrou uma antiga tradição que foi um dos mais cruciais rompimentos de sua era. Não era permitido que a Imperatriz fosse coroada no mesmo dia que o Imperador. Mas, determinado a criar uma base de igualdade para sua união, o Imperador insistiu que a Imperatriz fosse corada juntamente com ele.
Infelizmente, documentações sobre sua vida são escassas – a maior parte dos textos de Haile Selassie I tratam da realidade política, referências à sua família são raras. Mas é recordado que ela se doou abnegadamente para a educação do seu povo Seu trabalho de caridade são legendários em Etiópia, particularmente em relação com o Hospital Imperatriz Menen, o qual foi nomeado depois, em tributo ao incansável serviço que ela devotou a idosos, pobres e enfermos.
O testemunho de Haile Selassie I é instrutivo: “Seu caráter é tal que, além de bondade, não há maldade ou malícia nela ... Durante os memoráveis dias de companheirismo nós nunca tivemos diferenças que precisassem de intervenção de outros.”
Vida longa Rei Alpha e Rainha Omega
Ikael Tafari
rastafarionline.com
(tradução Luísa Benjamim, texto adaptado)

 25 Meggebit de 1883 pelo Calendário Etíope. Até recentemente se celebrava a data de nascimento da Imperatriz Menen no dia 25 de março, por uma tradição direta da data Etíope. Porém, com a revisão de cálculos atuais, a data encontrada passou a ser o dia 03 de abril. O 25 de março continua a ser uma data tradicional no Calendário Rastafari na Diáspora, podendo a celebração ocorrer durante a semana entre as duas datas. 

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O Projeto Omega Nyahbinghi visa ressaltar o aspecto Omega (feminino) do Nyahbinghi.

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Assim, esse projeto consiste em ressaltar e fortalecer o feminino da vivência Rastafari, em elevar e destacar a Mulher Original – Rainha Omega I!

Esse projeto se faz importante pelo grande desconhecimento existente, em especial no Brasil, do que é e de quem é a Mulher Rastafari, e a que essa expressão se refere. O que acaba passando a impressão, para muitos, de que Rastafari é um Movimento especialmente masculino, quando não machista, o que não é uma verdade.

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