A cidade é povoada por pessoas de diferentes regiões da Etiópia, país que possui mais de 80 nacionalidades com 80 idiomas diferentes, com uma grande variedade religiosa também (74.7% da população é Cristão Ortodoxo da Igreja Etíope, 16.2% Muçulmanos, 7.8% Protestantes e o restante divididos em outras fés: católicos, hindus, judeus, etc.)
O local para a cidade de Addis Ababa foi escolhido pela imperatriz Taitu e a cidade foi fundada em 1886 por seu marido, o imperador Menelik II. Menelik, inicialmente, o Rei da província de Shewa, tinha encontrado no Monte Entoto uma base útil para as operações militares no sul do seu reino, e em 1879 visitou as famosas ruínas de uma antiga cidade e uma igreja de pedra inacabada, que provava a presença etíope na área, antes das campanhas de Ahmad Gragn. Seu interesse na área cresceu quando sua esposa a Imperatriz Taitu começou a trabalhar em uma igreja em Entoto, e Menelik doou uma segunda igreja para o local.
No entanto, a área imediata não encorajou a fundação de uma cidade, devido à falta de lenha e água, assim o assentamento realmente começou no vale do sul da montanha em 1886. Inicialmente, Imperatriz Taitu construiu uma casa para ela perto do "Filwoha" nascentes de água mineral quente, onde ela e os membros da Corte Real de Showan gostavam de tomar banhos de água mineral. Outros nobres, seus funcionários e suas famílias se estabeleceram na vizinhança, e Menelik expandiu a casa de sua esposa para se tornar o Palácio Imperial, que continua sendo a sede do governo em Addis Ababa até hoje. O nome mudou para Addis Ababa e tornou-se capital da Etiópia, quando Menelik II se tornou Imperador da Etiópia. A cidade cresceu muito desde então.
Em 5 de maio de 1936, as tropas italianas invadiram Addis Ababa durante a Segunda Guerra Ítalo-Abissínia, matando cerca de um milhão de etíopes com gás de mostarda. Depois que o exército italiano foi derrotado na Etiópia pelas forças etíopes com colaboração britânica, o Imperador Haile Selassie voltou a Adis Ababa em 5 de maio de 1941, cinco anos depois do dia que partiu, e imediatamente começou o trabalho de re-estabelecer sua capital.
O Imperador Haile Selassie foi um dos principais colaboradores para a fundação da Organização da Unidade Africana, em 1963, e convidou a nova organização para manter a sua sede na cidade. A OUA foi dissolvida em 2002 e substituída pela União Africano (UA), também com sede em Adis Ababa. Adis Ababa é muitas vezes referida como "a capital política da África", devido à sua importância histórica, diplomática e política para o continente. A Comissão Econômica das Nações Unidas para a África também tem a sua sede em Adis Ababa. A cidade foi também o local do Conselho das Igrejas Ortodoxas Orientais, em 1965.
A Etiópia é chamada de berço da humanidade devido aos vários fósseis humanóides descobertos, como o australopitecus Lucy. O nordeste da África, em especial a região de Afar, foi o foco central das alegações recentes sobre evidências de DNA que remetem a origem ao centro-sul da Etiópia, onde hoje se encontra Addis Ababa. Depois de analisar o DNA de quase 1.000 pessoas em todo o mundo, geneticistas e outros cientistas afirmaram que os seres humanos se espalharam a 100 mil anos atrás do que é hoje Addis Ababa. A pesquisa indicou que a diversidade genética declinou progressivamente de um ancestral originado em Addis Ababa, Etiópia.
O esqueleto fossilizado, e uma réplica de gesso de Lucy hominídeo primitivo são preservados no Museu Nacional da Etiópia, em Addis Ababa.
Addis Ababa é a sede da Organização das Nações Unidas da Comissão Econômica para a África e a União Africana.
Praça Meskel é uma das praças da cidade, e é o local do festival anual Meskel, no final de setembro, quando milhares se reúnem anualmente em comemoração.
A cidade abriga a Biblioteca Nacional da Etiópia, o Museu Etnológico da Etiópia, o Museu de Addis Ababa, o Museu de História Natural da Etiópia, o Museu Ferroviário da Etiópia e o Museu Nacional dos Correios.
Entre os edifícios mais notáveis se encontram a Catedral de São Jorge, fundada em 1896, que também abriga um museu, é local onde foram corados o Imperador Haile Selassie e Imperatriz Menen em 1930.
Também a Catedral Selassie (Santíssima Trindade), a maior Catedral Ortodoxa Etíope, local de sepultamento da família imperial, e daqueles que lutaram contra os italianos durante a guerra.
Há também o antigo palácio Imperial de Menelik que continua a ser a sede oficial do governo. E o Palácio Nacional anteriormente conhecido como Palácio Jubileu, construído para marcar o Jubileu de Prata do Imperador Haile Selassie, em 1955.
O Teatro Hager Fikir, o teatro mais antigo na Etiópia, está localizado no distrito de Piazza. O Africa Hall está localizado na avenida Menelik II, onde a Comissão Econômica para a África tem a sua sede, bem como a maioria dos escritórios das Nações Unidas na Etiópia. É também o local da fundação da Organização da Unidade Africano (OUA).
Próximo da Catedral da Santíssima Trindade está o edifício do Parlamento, construído durante o reinado do Imperador Haile Selassie, com sua torre de relógio. Ele continua a servir como sede do Parlamento ainda hoje.
No distrito Merkato acontece o que é o maior mercado aberto da África. E também está a impressionante Mesquita Anwar, a maior mesquita da Etiópia.
A Universidade de Addis Ababa foi fundada em 1950 e foi originalmente chamada "Colégio Universitário de Addis Ababa", depois renomeada em 1962 pelo Imperador Haile Selassie I, que doou seu Palácio Genete Leul para ser o principal campus da Universidade no ano anterior. Ela recebeu seu nome atual em 1975. Embora a universidade tenha seis de seus sete campus no interior de Addis Abeba, o sétimo está localizado em Debre Zeit, cerca de 45 km de distância, que também mantém filiais em várias cidades da Etiópia. É a casa do Instituto de Estudos da Etiópia e do Museu Etnológico. A cidade também possui inúmeras faculdades particulares, incluindo Faculdade Admas, Faculdade de Serviço Civil Etíope e Universidade de Unidade.
O transporte público é através de ônibus públicos da Empresa de ônibus Anbessa ou táxis de cor branco com azul. Os táxis são normalmente microônibus que podem acomodar pelo menos doze pessoas. Duas pessoas são responsáveis por cada táxi, o motorista e um weyala que recolhe as tarifas e informa destino do táxi.
A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional de Bole, onde um novo terminal foi inaugurado em 2003. Addis Ababa também tem uma ligação ferroviária com a cidade de Djibouti.
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